Entrevista a Francis Dale

Francis Dale é um projecto português liderado por Diogo Ribeiro. Recentemente, lançou o seu segundo EP, , e nós, no B-Side N’Crowd fizémos-lhe algumas perguntas!

B-Side N’Crowd: Fala-nos um pouco de ti e deste teu projecto, como é que surgiu?

Diogo Ribeiro: Francis Dale surge como uma necessidade básica para poder compor, sob um manto em que não me exponho. Esta desassociação permite uma maior imersão e uma renovada capacidade de escrever sobre temas que possivelmente de outra forma não escreveria.

BC: Lançaste recentemente o teu segundo EP.
 – O que é que se pode esperar?
DR: Quando compus este trabalho queria que fosse uma plataforma. Para mim o quadrado representa simultaneamente um reflexo de contrição e de liberdade. Contrição, no sentido que as arestas que nos restringem, sejam elas quais forem, têm um enorme potencial de permitir um momento introspectivo que pode ser libertador e uma verdadeira plataforma para algo superior. Por isso aquilo que espero realmente é que quem ouça estas canções as use. Manipule interiormente de forma a que possam ser mais do que música e algumas palavras que aglutinei.
– Quais são as suas influências?
As minhas influências são várias. Desde há algum tempo, essencialmente, o Fred e o King Kong.
BC: Dizes que este é um disco do mundo, onde esperas que □ te leve?

DR: Permita-me que corrija. Quem fez essa interessante observação foi o Carlão!

Quando comecei a pensar no  a minha expectativa é que pudesse ser exactamente o que está a ser. Apenas mais uma etapa nesta busca.
BC: Depois de dois EP’s (Lost In Finite e agora □), tens planos para um LP?
DR: Sim. Estou neste momento a começar a pensar no LP! Mas não posso elaborar muito mais sobre isso neste momento …
BC: Que conselho podes dar a quem, tal como tu, pretende compor a sua própria música?
DR: Não me sinto de todo numa posição de autoridade na qual possa estabelecer conselhos universais. Sinto, no entanto, que hoje mais que nunca existem muitos caminhos válidos. Diversos canais de difusão artística. Tanto já dito mas ainda mais por dizer. Que qualquer pessoa que tenha algo  a dizer pode e deve ter o seu espaço. O processo para a descoberta do “seu espaço” é, para mim, o fundamental.
A mim ajudou-me, e continua a ajudar, transmitir sentimentos sinceros, sem pensar na estética ou na forma, camuflando esta tão individual e insuficiente busca pelo o que devo ser. 

One Comment Add yours

Leave a comment