Indie Music Fest: os melhores concertos

Nos dias 1, 2 e 3 de Setembro, o Bosque do Choupal, recebeu uma mão cheia das apostas mais promissoras , e de algumas certezas da música nacional. À semelhança da maioria dos «indies» cheguei ao  «Bosque Mágico»  no primeiro dia, onde montei a minha «casa» para os próximos dias, cheios de convivio e muita música.

De todos os concertos que tive oportunidade em assistir (ou ouvir, que infelizmente não tive possibilidades de estar presente em todos), estes são os 10 concertos que mais se destacaram.

The Walks

Apesar dos problemas técnicos com os Fora de Cena, no palco cisma, que fez alterar os horários dos concertos nesse palco, esse facto, não interferiu no palco Antena 3, em que as bandas actuaram à hora prevista.  Desta forma, os coimbrenses The Walks, subiram ao palco pelas 21h00,  dando o primeiro grande concerto do festival, num concerto à base do puro rock n´roll, suficiente para chamar uma plateia bem considerável, para dançar e se divertir ao som da sua música.

Sun Mammuth

Num cartaz, onde reinava a diferença evidente de estilos música, os portuenses Sun Mammuth, destacaram-se entre os sons mais pesados,  elevarando o som do palco Antena 3, com o seu «Psychadelic Stoner Rock Instrumental», provando que os sons mais pesados são também muito bem recebidos pelo «indies», num belo concerto onde não faltou  o headbanging.

Whales

Apesar do concerto ter arrancado mais tarde do previsto,  (por causa dos problemas técnicos durante a primeira tentativa do concerto dos Fora de Cena), foram muitos os que se deslocaram até ao Palco Cisma, à espera dos leirienses Whales.  Apesar de ainda não terem álbum lançado,  (só a belissima Big Pulse Waves foi divulgada até ao momento), a banda leiriense apresentou um concerto bastante coeso, com uma sonoridade entre o indie rock e a electrónica, a fazer lembrar, em alguns momentos, os britânicos Foals.

Alek Rein

Ao segundo dia, entrou em cena o palco maior do Indie Music Fest (o palco Indie), e foi já nesse palco, que decorreu a maior descoberta do festival, de nome Alek Rein (pseudónio de Alexandre Rendeiro). Com uma sonoridade em mistura rock com a música folk, e o primeiro álbum «Miror Lane»  na manga (edição prevista a 30 de Setembro) Alek Rein conquistou o coração dos presentes, e pô-los a dançar. Um artista que merece ser seguido com atenção.

Galgo

No 2º dia do Indie Music Fest, passou um furacão pelo bosque do Choupal, de nome Galgo. Com albúm de estreia, com data prevista a sair após o festival (23 de Setembro), a banda de Oeiras demonstrou ser uma das maiores promessas da música nacional, ao incendiar o público com uma sonoridade de rock alternativo, e ritmos altamente dançaveis,  onde não faltou momentos de dança e de crowdsurfing, tornando este um dos melhores concertos de todo o festival. Se ainda não conhecem os Galgo, ouçam-nos, que não se vão arrepender.

PAUS

A noite do segundo dia, chegava perto do fim,  quando  os PAUS, provavelmente a banda mais esperada do festival, subiram ao palco Indie. É verdade que Makoto Yagiu, Hélio Morais, Fábio Jevelim e Joaquim Albergaria (os quatro elementos dos PAUS), não sabem dar maus concertos, no entanto este concerto tornou-se num dos concertos mais memoráveis desta edição do Indie Music Fest, muito graças à energia sem fim da banda, quer à devoção do público, onde não faltou os habituais mosh e crowdsurfing, quase tornando a banda e o público num só. Que mais se pode esperar de um concerto de rock? Nós adoramos, e mal podemos esperar para os voltar ver.

You Can´t Win, Charlie Brown

Ao terceiro dia surgiu um dos momentos mais mágicos do Indie, com a apresentação do novo álbum dos You Can´t Win, Charlie Brown «Marrow» (com data de saída para 7 de Outubro). Cerca de 1 hora de concerto foi suficiente para os YCWCB embalarem o público com as novas músicas (a já conhecida «Above the Wall» é tão bela ao vivo), entre outras mais antigas, serem um dos vencedores da edição deste ano do festival. Este concerto também ficou marcado pelo bonito momento em que a banda gravou um video do público a desejar as melhoras ao David Santos (aka Noiserv), que teve de estar ausente, por motivos de doença. No final deste concerto, só ficamos ainda mais ansiosos pelo lançamento do álbum novo, que pela amostra, tem tudo para ser um dos álbuns do ano.

Salto

Num festival, onde se notava bastante o eclestismo musical, também houve espaço para o pop-rock electrónica dos Salto, espaço esse que a banda aproveitou para aquecer ainda mais o ambiente no palco Indie, provando mais uma vez que o ecletismo musical é uma aposta ganha no festival. Com o álbum «Passeio das Virtudes» ainda no bolso, o público foi facilmente conquistado pela energia e entusiasmo da banda, que saltou e dançou o concerto todo.

Octa Push

Não foram apenas os YCWCB que subiram ao palco do Indie Music Fest, para apresentar álbum novo. Os Octa Push também aproveitaram a ocasião para apresentar o seu novo álbum «Lingua», e tornaram o palco Indie numa pista de dança, que o público  facilmente aderiu, e onde não faltou energia nem ritmos africanos ,e até houve tempo para uma subida surpresa ao palco de Cachupa Psicadélica (artista convidado no álbum, com participação no single Gaia Cósmica).

Pista

Após o encerramento do palco Indie, quem pensava que o festival já tinha terminado em termos de grandes concertos, enganou-se redondamente, pois os Pista subiram ao palco Antena 3, para «partir» tudo. Com apenas um álbum lançado (o belissimo Bamboleio de 2015), a banda «agarrou» os resistentes, para um concerto cheio de energia, e com vários pontos altos, como o momento de tocar a «Puxa», ou na parte final quando os Savanna subiram ao palco para tocarem em conjunto com os Pista. O único ponto baixo, foi mesmo ter chegado ao fim, e com isso terminado a nossa presença no festival,  esperando por música nova dos Pista,  e desejando voltar para o ano, ao Bosque «mágico» do Choupal, que já se tornou um local de encontro de amantes da música nacional, e das bandas mais promissoras do nosso panorama musical.

Texto: Tiago Nêveda aka Tigane07

 

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